segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Se as vezes digo que as flores sorriem...


Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem, sacrifico-me às vezes à sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas, absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.

Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa) em 
"O Guardador de Rebanhos - Poema XXXI".



DECORAÇÃO COM GARRAFAS E FLORES ALTAS PARA JANELAS DE PESSOAS ROMÂNTICAS !

Amei, essa dica ! 
Tenho tudo ! As garrafas, as flores e, principalmente, uma mesinha esperando pra ser renovada. 
Talvez eu faça um trabalho de pátina, que é uma técnica de pintura em móveis que eu adoro. 
Que dúvida ! 
Só sei que depois que ela estiver pronta, com certeza vou fazer este arranjo, que tal ? 
Não é um mimo ?


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cozinhar é melhor que Prozac ! A história do Doce Ansioso de Banana

Domenico de Masi, sociólogo e escritor italiano, escreveu uma obra célebre intitulada "O ócio criativo" que acabou se tornando um guia pra muita gente em início de carreira e para a afamada categoria das "gestoras de RH" da qual também faço parte. Pois é, caríssmos amigos, estive pensando "cá com os meus botões" e descobri que logo, logo, lançarei "A ansiedade criativa", em deferência não somente aos ensinamentos deste renomado professor, mas principalmente em virtude daquilo que preciso urgentemente reverter em mim: A terrível ansiedade! (o "preciso urgentemente" já demonstra o quanto sou ansiosa).
Depois de revisar toda bibliografia do meu programa de aulas (em Ciência Política) para este semestre, experimentar vários vestidos (que estou torcendo para caberem em mim novamente) e organizar todas as minhas contas e (incluindo as da minha mãe) por ordem de datas, achei de maneira inusitada um enorme cacho de bananas na minha dispensa (certamente comprado em mais um dos meus inúmeros impulsos consumistas) do qual eu já nem lembrava mais. Imediatamente pensei que deveria fazer algo com aquelas bananas que estavam à ponto de estragar. E num insight ! Booommm ! Pensei num doce.
Mas que doce ? Uma torta ? Um sorvete ? Uma geléia ?
Em meio à esse "quase surto", percorri visualmente a minha geladeira em busca de algo que me desse qualquer inspiração. Daí, diante dos muitos pedaços de queijos embalados em papel alumínio, imaginei aquela Cartola "metida à besta" feita com queijo Cammembert e Mazda. Não pensei duas vezes, peguei minhas panelas e acessórios culinários e comecei o meu "Doce Ansioso de Banana".



Ingredientes:
Bananas fritas (em óleo de canola ou girassol, que são mais leves), totalmente escorridas e enxutas em papel-toalha (que é algo que eu não posso deixar de ter na minha cozinha);
01 pacotinho de Pó para Pudim Royal (sabor baunilha) - Em alguns casos, essa mistura semi-pronta substitui com louvor aquela massa gemoise tradicional, feita com leite, maisena, ovos e essência de baunilha, mas só em alguns casos !
1/2 litro de leite integral;
02 ovos (grandes e vermelhos);
01 caixinha de creme de leite;
1/2 pacote de queijo processado (aquele tipo Cream Cheese) que fica naquelas gôndolas refrigeradas do supermercado. Poderia também "rolar" um requeijão, mas eu não tinha na hora, então foi o queijo processado mesmo;
Açúcar e canela pra polvilhar e manteiga pra untar.

O processo todo é bem rápido.
O mais demorado é corte das bananas (que eu prefiro fazer horizontal que em rodelas) para fritar e a "ralação" dos muitos pedaços de queijo (que a gente vai guardando indefinidamente na geladeira).



Depois é preparar o pudim de acordo com as instruções do pacote. Aí, tem um dica ! Deve se dissolver tudo antes de levar ao fogo e nessa mistura acrescentar os dois ovos.
No fogo engrossa rápido, por isso deve se ficar atento pra não queimar o fundo da panela. O ideal é usar aquelas de teflon.
Quando começar a engrossar, adicionar o queijo processado, mexendo tudo de forma rápida e firme para não deixar formar aquelas "bolotas".



A montagem deve ser feita num pirex untado de manteiga, começando com uma camada de bananas fritas, polvilhadas de açúcar e canela e uma camada de creme de baunilha, até terminar o creme.







Distribuir o queijo ralado (grosso) por cima dessa última camada, dando uma polvilhadinha com açúcar cristal, por que quando for ao forno, vai fazer um caramelo em cima do queijo derretido.






Agora é esperar o meu lindo chegar em casa pra assar na hora em que for servir, por que é uma sobremesa quente ! Que tal ? Nossa ! Tô com água na boca !
E Graças à Deus, completamente "desestressada" !
Cozinhar realmente é melhor que Prozac !

sábado, 19 de janeiro de 2013

Salada de Camarão Rosa e Kani

Ontem resolvi fazer um prato especial pra uma pessoa que é importantíssima pra mim: meu sobrinho Thalmus, que sempre foi um moleque lindo e esperto e agora está se tornando um homem especial e sensível, principalmente, no que se refere à fotografia, da qual ele é um fã e um profissional dedicado.
Pois bem, a formatura dele em Comunicação Social - Multimídia, foi na quinta-feira (Dia 17.01.13) e é claro que eu, Tia Coruja que sou, não poderia deixar "passar em branco" esta data. Por isso, resolvi fazer essa salada que apresento a vocês agora.

Os ingredientes são:
03 pratos de camarão rosa congelado (em torno de uns 500 g); 
02 pacotes de Kani (massa prensada de caranguejo) 
10 batatas inglesas médias (descascadas e cortadas em cubinhos);
02 cenouras grandes (raspadas e cortadas em cubinhos); 
01 pacote de ervilhas congeladas;
02 maços de salsa (picados); 
01 maço de cebolinha (picado); 01 cebola pequena (picada);
02 envelopes de hondashi (tempero oriental); 
01 envelope de sazon para saladas (pacote amarelo); 
01 vidrinho de alcaparras; 
02 maços de feijão verde (opcional);
Azeite de Oliva (extra-virgem), alho picado e sal à gosto.


A batata em cubinhos, assim como a cenoura e o feijão verde (opcional) devem ser cozidos previamente, a fim de que estejam frios na hora de misturar. 

Obs: Quando a gente usa legumes quentes ao misturar, a salada azeda logo.


Os camarões previamente descongelados devem ser temperados com uma mistura de hondashi, azeite de oliva, 01 colher de alho picado e pitadas de sal e depois cozidos, de preferência numa panela de vapor.





Obs: Uma panela de vapor é um objeto indispensável em qualquer cozinha. 
É prática, barata e fácil de encontrar



Kani apesar de descongelado deve ser mantido resfriado (dentro da geladeira) até a hora da mistura definitiva da salada. E eu sempre misturo ele com um envelope de sazon amarelo, pra dar uma acentuada no sabor.


A montagem da salada é simples, porém deve ser feita com delicadeza, alternando os ingredientes numa sequência específica a fim de que se misturem por completo e sempre regando com fios de  azeite.

Obs: É importante é que os legumes não estejam muito moles (pra não virar uma papa) e que a mistura, de preferência, seja feita no recipiente em que a salada vai ser servida.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Arranjo de Mesa - Reveillon 2012 / 2013

Fui convencida pela Hanna (Minha Filha Linda !) a postar as fotos dos meus (famosos) arranjos de mesa. Essa foi do Reveillon 2012-2013. O bacana é que a ideia inicial era fazer uma decoração com flores brancas e um vaso de lalique azul (Tipo Mediterrânea), mas quem disse que eu achei o vaso ? Daí, resolvi improvisar com esse anjinho dourado que estava esquecido numa estante, flores de plástico e garrafas de vinho que eu tenho aos montes. Não ficou legal ? Eu adorei !






domingo, 13 de janeiro de 2013

Aprenda a escrever na areia - Um conto árabe

            Nagib e Mussa eram grandes amigos que estavam em viagem com suas mercadorias e se depararam com um grande obstáculo a vencer: eles teriam de atravessar com sua caravana um rio grande e caudaloso.
Durante este perigoso trajeto, Mussa teve a infelicidade de escorregar numa pedra e cair na água revolta. Nagib, seu melhor amigo, não teve dúvida: pulou na água e lutando contra a correnteza, ajudou Mussa a sair ileso na outra margem do rio.
Mussa então chamou seus dois mais habilidosos servos e mandou que eles entalhassem numa pedra alta que ali se achava a seguinte inscrição:
“Viajantes, neste local. Nagib, num ato heroico, salvou a vida de Mussa, seu amigo !.”
Seguiram viagem e depois de vários meses, já voltando pra casa, chegaram novamente às margens daquele grande rio caudaloso.
Como estavam muito cansados, resolveram sentar-se à sombra daquela pedra onde estava a inscrição ordenada por Mussa.
Conversaram por muito tempo, mas de repente começaram a discutir e no calor da hora, Nagib então esbofeteou Mussa, que não reagiu diante à surpresa de estar sendo agredido por aquele que amava e confiava.
Mussa então, apenas pegou o seu bastão e escreveu na areia que estava aos seus pés. “Viajantes, neste local, sem motivo nenhum, Nagib injuriou gravemente seu amigo Mussa ! ”
Vendo isso, os servos que haviam entalhado a pedra anteriormente se indignaram pelo o que havia acontecido ao seu Senhor e estranhando o ocorrido perguntaram a Mussa:
- Senhor, quando Nagib lhe salvou a vida, o Senhor mandou escrever na pedra uma mensagem que ficará para sempre, a fim de que todos os que por aqui passem possam ver. Mas agora, quando ele lhe ofende gravemente, o Senhor escreve apenas na areia ? – Quem por aqui passar ao cair da tarde já não verá mais nada, pois a inscrição terá desaparecido com o ir e vir das ondas.
Mussa então lhes respondeu:
- É que o benefício que recebi de Mussa permanecerá para sempre em meu coração que é repleto de gratidão. Mas a injúria, quanto mais rápido ela desaparecer, melhor ! – Espero que ela seja apagada para sempre das minhas lembranças.

Sendo assim, fica a mensagem para que neste início de ano, todos façam uma reflexão sobre o que se deve “escrever na pedra” e o que se deve “escrever na areia”.