Penso estar possuída
Aproveito a sensação e me sinto cada vez melhor
Escrevo
Tento me livrar dessa obsessão de formas, de arranjos
Tento me livrar da imobilidade
Ando por caminhos tortuosos
Já busquei várias saídas
Encontrei, nunca saí
Vou acumulando encontros, portas, ilusões
Vejo a luz, fecho os olhos
Não gosto da claridade que me cega
Gosto do escuro silencioso e tranqüilo
A cegueira da escuridão é generosa
É úmida, fria, silenciosa
Não busco luz fora de mim.
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